Ana Mary Carneiro Lira1
O presente artigo tem como objetivo cerne contextualizar reflexões sistemáticas acerca das divergências entre teoria e prática que permeiam o desafio de alfabetizar letrando no mundo contemporâneo, marcado por múltiplas linguagens, mídias e exigências cognitivas. O estudo consiste em uma pesquisa qualitativa, com abordagem de estudo de caso, realizada no 2º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal localizada em Fortaleza, Ceará, Brasil. Para isso foram coletadas percepções e opiniões de docentes alfabetizadores sobre suas práticas metodológicas para tecer discussões que envolveram concepções inerentes ao processo de alfabetização com letramento. Como referência para a base analítica, os seguintes autores, entre outros foram consultados: Magda Soares (2010); Emília Ferreiro e Ana Teberosky (2012). Além das citadas referências, documentos orientadores das políticas educacionais brasileiras, como a Base Nacional Comum Curricular (2019); Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) e os dados estatísticos fornecidos pelo IBGE (Censo Demográfico 2010) e pela PNAD (2012) e o o IDEB (2018) também foram consultados. Os resultados revelaram que a eficácia no processo de alfabetização tem relação direta com a escolha da metodologia que o professor faz uso. O professor deve articular o ensino do código alfabético-ortográfico com a inserção dos estudantes em práticas sociais de leitura e escrita. Ainda, conclui-se que é possível alcançar resultados pedagógicos expressivos quando existe coerência entre as concepções teóricas dos docentes e suas práticas de sala de aula.
Palavras-chave: alfabetização; letramento; práticas docentes; escola pública.
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1Doutora em Ciências da Educação pela UNADES/PY